É com imenso orgulho que escrevo sobre a incrível e perigosa montanha K2, conhecida como “A MONTANHA DA MORTE”. Com seus 8.611 metros de altura, situada no Paquistão, ela é uma das montanhas mais difíceis de se escalar do mundo. A K2 é pouco mais baixa do que o Everest, a montanha mais alta do mundo, com 8.848 metros

Muitos homens já tentaram escalar a K2, mas, infelizmente, não alcançaram seu objetivo. Morreram devido às perigosas avalanches ou à falta de oxigênio, que é extremamente rarefeito naquelas alturas.

Para se escalar tais montanhas é imprescindível levar as garrafas de oxigênio, roupas e alimentação adequadas, além de muita força de vontade.

Todas as montanhas são difíceis de se escalar mas a mais difícil é mesmo a K2, pois qualquer deslize pode ser fatal, além do que esta incrível montanha é praticamente vertical.

Esta é mais uma oportunidade que tenho em falar sobre o meu amigo escalador das montanhas mais difíceis do mundo, Waldemar Niclevicz. Waldemar escalou, no dia 14 de maio de 1995, o Monte Everest, acompanhado pelo seu companheiro e amigo Mozart Catão e deixou lá fincada a linda bandeira do Brasil. Infelizmente Mozart não está mais entre nós pois, em fevereiro de 98, teve a vida interrompida por uma avalanche ao tentar escalar a face sul do Aconcágua, na Cordilheira dos Andes, na Argentina.

Niclevicz tentou também escalar a Montanha da Morte, porém os obstáculos foram muitos. Na sua primeira tentativa, ele disse que lamentava muito não ter conseguido colocar a nossa bandeira no alto da K2, mas, que, em breve, retornaria para fincá-la no topo da desafiadora montanha, assim como fizera ao conquistar o EVEREST.

Niclevicz tentou escalar a K2 sem o uso de garrafas de oxigênio. Tentou pela primeira vez e foi impedido pelas perigosas avalanches. Tentou uma segunda vez e não conseguiu, pois foi impedido pelo mau tempo. Finalmente, no ano de 2000, tentou novamente escalar a montanha e realizou o seu grande sonho. Esta sua aventura está gravada em fita de vídeo com o nome de UM SONHO CHAMADO K2.

Todos nós somos capazes de vencer as dificuldades da vida. Basta ter fé, coragem, garra, superação e muita força de vontade, como diz meu grande amigo Waldemar Niclevicz. E ele acrescenta que, no topo da montanha, “o horizonte e a própria vida se ampliam de uma forma descomunal levando-nos a acreditar em novos potenciais. A fé, que persiste até o último momento, é a razão de viver. E aquela bandeira verde e amarela tremulando nas alturas, suspensa entre o céu e a terra, será sempre a marca da nossa vitória.”

* Lucas Araújo Lustosa é dianopolino, tem 19 anos, apaixonado por esportes radicais principalmente escaladas de montanhas.(Apesar de não praticar.)

 Lê também muitos livros sobre o assunto e tem uma pequena biblioteca.