Atividade é vida!
24/08/2004
Se o descanso é reparador das energias gastas na
atividade, o trabalho é, por sua vez, reparador dos debilitamentos
ocasionados pela inércia mental. Convém, pois, sob todo ponto de vista,
que a mente esteja sempre ocupada em algo útil.
Deverão ter por conduta o desenvolvimento de um
constante labor de adestramento mental, no sentido de predispor o ânimo a
sustentar uma resolução com firmeza e afastar, assim, todos os sintomas
de indecisão e preguiça.
A paciência há de ser uma das virtudes que mais se
deve cultivar, por ser a que cria a inteligência do tempo.
Compreender a linguagem do tempo e atuar inspirado em
seus conselhos, deve constituir uma das máximas aspirações do ser
humano, pois o segredo que com isso se revela à consciência, transcende
todos os limites do imaginado.
Para o homem consciente, para o que sabe esperar com
sensatez as coisas que são objeto de sua preocupação, por mais variadas
e até adversas que sejam a seu gosto, deve continuar existindo para sua
razão, todo o tempo necessário, até que vincule à sua vida e se
harmonize com suas aspirações, se estas são justas e razoáveis. Em
outras palavras, as grandes obras, como as pequenas, requerem seu tempo,
mas desde que esse tempo seja fértil e não estéril. Em conseqüência,
quem perseverar alcançará triunfos merecidos e não esmorecerá em seus
afãs, enquanto atua com inteligência, discrição e tolerância.
Toda interrupção é perniciosa e compromete a eficácia
dos meios honestos e úteis que se empregam e, também, os resultados a
que se aspire chegar.
Na própria natureza, quando se interrompe um
processo, altera-se a harmonia de suas combinações, perturbam-se as funções
dos elementos que nele intervêm e, finalmente, malogra-se sua manifestação,
ou seja, o resultado do processo. E se isto ocorre exatamente nos seres
mais visíveis da Criação, não é admissível que, tratando-se do
homem, exista uma exceção.
O segredo está, pois, na continuidade, na não
interrupção das energias de que se dispõe para alcançar um propósito
que haverá de vincular-se estreitamente à vida. Jamais se conseguirá
uma culminação feliz se, em qualquer dos estados em que se encontre o
processo iniciado, se rompe bruscamente os fios de conexão com a consciência.
Pode-se ilustrar esta imagem de forma mais gráfica se tomarmos um exemplo
corrente, como o do estudante de Direito ou de Medicina que interrompe
seus estudos. Não conseguirá, é lógico admiti-lo, terminar sua
carreira, uma vez que terá malogrado o processo que devia levá-lo ao término
da mesma. Um fato que se repete muitas vezes e que evidencia esta tese é
que todo aquele que cessa seus empenhos, hoje nisto e amanhã naquilo,
sempre se acha no princípio e não varia sua posição, mesmo que o
passar dos anos abale sua altivez.
(Gonzalez Pecotche, criador da Logosofia)
(Conheça
mais sobre a ciência logosófica no site: www.logosofia.org.br)
(Conheça a Logosofia, ciência do aperfeiçoamento humano)
Colaboração de
Francisco
Liberato Costa Póvoa (Ié)