Do que necessita um verdadeiro homem de Estado?
A
grandeza de um homem de Estado depende de sua vontade; quando se decida a
empreender uma obra para o bem do povo, sua ação tem de ter a rapidez do
pensamento. O senso de responsabilidade deve ter nele enraizamento profundo, e
por mais que praticamente não deva a ninguém conta de seus atos, por muito
que a responsabilidade tenha que diluir-se, há de considerar que de si
depende a felicidade de seu povo, e, em conseqüência, trabalhar.
O verdadeiro condutor de povos tem uma grande força sugestiva. O povo o ama, o acata e o segue por seu decoro, por sua palavra, pela identificação com suas necessidades e problemas, e pela comunhão de sentimentos com seus concidadãos. (...)
A
alma do político tem caracteres variados e contraditórios. Para servir a seu
país, deve encarnar o momento ou a necessidade política de seu povo, e seu
caráter, seja objetivo: frio e científico, seja subjetivo: apaixonado e
combativo, deve amoldar-se às exigências da hora.
Sua
inteligência tem de conduzi-lo a um raciocínio reflexivo e prático,
centralizando a ação de seu pensamento no plano dos grandes enfoques, para
penetrar com acerto na essência das situações, pois, não sendo assim, lhe
será difícil, em determinado momento, obter a solução adequada. (...)
A
inteligência do homem de Estado necessita cultura técnica profunda e geral,
que tenda a diversificar-se. Se o político é douto em várias disciplinas,
terá vantagens sobre o que domine apenas uma. Há de conhecer a História e
aplicar seus ensinamentos, e estará melhor preparado se já tem experiência
no comando. O homem de Estado jurista ou economista não deve aplicar
rigidamente sua teoria, senão a que convenha ao país. A teoria rígida, a
erudição excessiva, o conhecimento científico ou intelectual unilateral não
convêm ao homem de Estado, pois tiram-lhe espontaneidade, objetividade e
intuição. Deve rodear-se de colaboradores honestos e capazes, que saibam
interpretar seu pensamento e sugerir, com bom senso, as melhores idéias.
(Este artigo é do criador da LOGOSOFIA, González Pecotche)
(Conheça a Logosofia, ciência do aperfeiçoamento humano)
Colaboração de
Francisco
Liberato Costa Póvoa (Ié)