(05/11//2004)

O ENCONTRO

 José Cândido Póvoa – advogado e poeta (jcpovoa@hotmail.com)  

                              Um encontro é um achado, uma descoberta. Pode acontecer por acaso, também. Mas, pode ser resultado de uma busca ou de uma preparação, no intuito de encontrar. O encontro é feliz, se o objeto encontrado é de grande valor, de muito estima, se é caro ao coração. Felicidade que cresce, quanto mais for querido aquilo que se encontrou. Se o encontro é casual, a alegria se expande em apertos de mãos, abraços, explode em beijos, e o interesse de um pelo outro, pela vida e pelos detalhes do outro, se manifesta em perguntas, porquês e confissões recíprocas. Se o encontro vai se realizar em decorrência de uma busca, de cuidados, de preocupações, então todo um ritual se impõe. O dia vira domingo, há festa no coração e há novo brilho no olhar. Há um encontro em cada palavra. Um olhar diferente para cada gesto e tudo se veste de festa para o coração que se abre. Um encontro só é bom quando se dá tudo que se tem e mais daria, se mais tivesse...O outro torna-se alma gêmea. A certeza da palavra oportuna, precisa. O encontro só é bom se ele prover as necessidades do nosso coração. Assim foi o meu primeiro encontro de verdade, no chope de uma cidade, quando descobri nos  traços de  uma mulher citadina com feições de anjo e na delicadeza de suas palavras, uma mulher bravia, livre como o vento, resistente como o aço e com  ternura do orvalho da madrugada. E porque não confessar: minha admiração por aquela mulher de beijos quentes e apaixonados, fez com que ela se tornasse minha confidente e musa das ilusões do meu coração de poeta, que estará sempre esperando um novo encontro.

 

       

       

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