Balada do amor-próprio

Gesimário de França Carvalho*

Minha poesia está em prantos
pelos cantos;
e chora nas veias,
na garganta
e nas mãos quase frias.
Mas não chora por si, apenas,
mas por um coração desolado
que pulsa fatigado
sobre as dores que tem.
E se aninha
num canto do peito
e soluça baixinho
e você não ouve
e você não vem.

 

*Poeta e Professor

       

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