Tem-se
visto, por exemplo, a muitos decidirem-se a empreender uma obra, grande ou
pequena, e mais tarde abandoná-la pela metade para empreender outra ou outras
que também são interrompidas sem que, para isso, exista uma explicação que
justifique essa mudança de suas próprias decisões.
Pois
bem; isso obedece, na maioria dos casos, à insegurança dos pensamentos que
se abrigam na mente; e, se há tal insegurança, é logicamente porque não são
fruto da própria concepção. Exercem ali um papel preponderante pensamentos
de toda índole, muitos deles alheios, às vezes, aos motivos de preocupação
em que o ser se acha absorvido.
Ao
contrário, quando se empreende uma obra e esta é levada a bom termo, é
porque com antecedência foram amadurecidas as reflexões, e a inteligência
propiciou ao projeto a esmerada elaboração do plano a realizar. Em tais
circunstâncias, o ser pode ter confiança e segurança em suas próprias
diretrizes, e dificilmente abandonará o trabalho começado, pois, antes de
iniciá-lo, deverá ter tomado todas as medidas que asseguram o êxito no
empreendimento.
Muitas
vezes, um simples desejo mental promovido por um ou outro pensamento
impulsiona o homem a realizar coisas que, por não terem sido devidamente
pensadas, fracassam logo após o seu início.
O
pensamento executor de uma obra deve ser necessariamente consolidado na consciência,
pois é a ela a que haverá de acudir o ser cada vez que se sinta debilitado.
(...)
Frente
ao dito, há de se admitir que os mais capazes sejam os que triunfam levando a
feliz termo seus projetos. A capacidade compreensiva é, pois, imprescindível
em todos os atos do pensamento, e é a ela a quem deve apelar sempre a vontade
para não debilitar-se em pela ação.
(Gonzalez
Pecotche, criador da Logosofia)
(Conheça a Logosofia:)
(Gonzalez Pecotche, criador da Logosofia)
(Conheça a Logosofia, ciência do aperfeiçoamento humano)
Colaboração de
Francisco
Liberato Costa Póvoa (Ié)