É justo desejar a alguém o descanso eterno?
Atividade é
energia e a energia o motor que impulsiona a existência em qualquer de suas
manifestações.
Descanso
eterno, é, ao contrário, imobilidade, é a morte segunda, o caos, o nada.
Enquanto a atividade amplia a vida, a inércia a comprime com risco de fazê-la
desaparecer.
Infere-se do
exposto que, impensadamente, se terá um mau pensamento para com aquele a quem
se deseja “descanso eterno”. Consideramos isto, pois, clara demonstração
de como certas comunidades estão alheias à realidade que a Logosofia revela
sobre a evolução consciente, conhecimento que dá a noção básica sobre a
possível perpetuidade do espírito através de todos os ciclos de sua existência.
Cada ser
humano que se preze como tal na mais alta expressão de seu significado, deve
intuir que sua criação obedece a uma finalidade superior e que, portanto, não
pode limitar sua vida à rotineira e simples tarefa de viver e morrer sob o
influxo de uma concepção materialista que nada lhe concede fora das
prerrogativas comuns de um mero existir diário.(...)
Deus não pode
alentar vida naquelas almas que contrariam a grande lei de evolução, a qual
enche de energia o universo e é atividade permanente. Convém que se tome
gosto pela atividade, neste caso a atividade consciente, visto que nos estamos
referindo à que preferentemente interessa ao espírito. Essa atividade é a
que nos faz experimentar o fluir constante da vida, pois promove seu enlace
com a energia da Criação, esse alento imperceptível, fecundo, que dá
estabilidade a tudo quanto existe.
Quando o espírito
se sustenta com os elementos sempre ativos do eterno, faz-se invulnerável
à ação do tempo, que jamais afeta ao que permanece ativo, com vida, unido
ao alento da vida universal.
(Este artigo é do criador da LOGOSOFIA, González Pecotche)
(Conheça a Logosofia, ciência do aperfeiçoamento humano)
Colaboração de
Francisco
Liberato Costa Póvoa (Ié)