Lealdade, um valor precioso
Tudo quanto possa apreciar-se no homem, em seu grau
mais legítimo está encerrado nesta palavra. Dir-se-ia que é, em síntese, a
expressão do quanto de verdadeiro e são há em sua natureza moral e psicológica.
Sem lealdade não é possível conceber a amizade
entre as pessoas, nem tampouco tornar factível uma convivência de caráter
permanente e sincero.
Os sentimentos humanos existem como manifestação
do sensível e puro que se aloja no íntimo de cada um. Ser leal aos próprios
sentimentos é ser fiel à própria consciência. Quando se desvirtua o caráter
do primeiro se desnaturaliza o segundo. Diríamos mais: se é certo que algo
possa morrer daquilo que forma o conjunto das condições humanas, a lealdade
deveria ser a última a desaparecer.
Pode-se afirmar, sem que isso seja arriscado, que
uma das causas primordiais dos múltiplos
infortúnios humanos foi sempre a falta de lealdade no trato mútuo. O engano
e a falsidade têm sido duas tendências destrutivas que em todo tempo atentaram contra as boas disposições do ser.
(...)
A lealdade caracteriza-se, em primeiro lugar, pela consciência do dever. É profissão de
fé consciente que o ser faz ao
sentimento que, nascido de uma amizade ou de um afeto sincero e puro, se
converte em parte de si mesmo. E sendo assim não poderia ser desconsiderado
sem ferir pro-fundamente a própria vida.
As grandes almas sempre compreenderam isto; por
isso, foram leais a seus princípios, a suas convicções e a seus profundos
afetos.
Onde a lealdade existe, reina a harmonia, a união
e a ordem; exatamente o contrário ocorre onde ela deixa de manifestar-se.
A própria vida do homem está também sustentada
pelas leis que lhe deram existência. Elas nos mostram com singular eloqüência
que a lealdade inalterável dos mandatos supremos se reflete na vida humana
como caridade universal, pois quantas vezes tem-se visto que, apesar de o
homem desconhecê-las, elas foram sempre leais no cumprimento de seus inexoráveis
mandatos.
(Este artigo é do criador da LOGOSOFIA, González Pecotche)
(Conheça a Logosofia, ciência do aperfeiçoamento humano)
Colaboração de
Francisco
Liberato Costa Póvoa (Ié)