PSICOSE COLETIVA

 

CARLOS CAMBLOR SUÁREZ*

ccamblor@uol.com.br

16/11/2007

 

O assunto Aquecimento Global, mais que um fenômeno climático esta se convertendo em um fenômeno de “psicose coletiva”, a mídia nos bombardeia diariamente com teorias catastróficas da proximidade do fim do mundo, a não ser que se adotem medidas drásticas (e inviáveis), para reverter a situação.

O profeta desta nova “seita” é o Sr. Al Gore; este senhor, vice-presidente dos Estados Unidos por dois mandatos, após o fracasso de sua tentativa para se tornar presidente, trocou sua equipe de “marqueteiros” e acertou na “mosca”, produziu o documentário “Uma verdade Inconveniente” em que mistura fatos reais, teorias “convenientes” e uma boa dose de fantasia e voi la!. Como num passe de mágica passou de quase esquecido vice-presidente a garoto propaganda dos “salvadores do planeta”, faturando o Oscar e o premio Nobel da Paz.

O que intriga nesta situação não é o fato, real, do aumento da temperatura media no planeta e sim a insistência em culpar a industrialização por um fenômeno cíclico, cientificamente comprovado, que se repete desde que a terra existe.

O atual ciclo de aquecimento começou aproximadamente há 12.000 anos e a tendência é que em algum momento acabe e comece um novo ciclo de esfriamento gradual até uma nova glaciação, como tem acontecido por diversas vezes nos milhões de anos de existência do planeta Terra.

Quando isso vai (e se vai) acontecer, fica também no campo da teoria, alias o que não faltam são teorias, tem para todos os gostos, é só escolher a que conclusão se quer chegar e usar as pesquisas e teorias adequadas para esse fim; é mais o menos como uma causa judicial, em que um advogado é contratado para acusar ou para defender o réu, em função disso, o profissional pesquisa e apresenta os argumentos necessários para obter o resultado esperado.

Mais estranho ainda é a posição adotada por esta nova “seita” de ecologistas que condena o uso das termoelétricas pela emissão de Co2 e considera as usinas nucleares como “energia limpa”. Limpa?. Será que esqueceram de Chernobil em 1.985 ?.

É difícil acreditar, que alguém em sá consciência, considere as usinas nucleares menos perigosas que as usinas termoelétricas, alem dos problemas com vazamentos tem os rejeitos radiativos, que até agora ninguém sabe o que fazer com eles.

É claro que existem outras explicações, a tecnologia para a construção e operação de usinas termoelétricas, com maior ou menor eficiência, é antiga e bem conhecida, basicamente qualquer empresa mesmo em paises subdesenvolvidos, consegue fabricar e montar seus componentes; não entanto a tecnologia nuclear esta restrita a um pequeno “clube” de empresas multinacionais que monopolizam o mercado e que definem os preços dos equipamentos.

Estas estratégias de venda utilizadas pelas grandes multinacionais, são bastante conhecidas, mas sempre encontram uma massa de manobra nos chamados “idiotas úteis”, que acabam trabalhando para elas, mesmo sem saber.

A busca de novas tecnologias para viabilizar o uso de combustíveis renováveis e de preferência menos agressivos ao meio ambiente e absolutamente necessária, (eólica, fotovoltaica, hidrogênio etc.) só que até o momento o seu custo os torna proibitivos, principalmente para os paises em desenvolvimento, impedir estes paises do uso dos combustíveis e tecnologias tradicionais os condenará a dependência e subdesenvolvimento crônico. Será que não é esse o objetivo?.          

 

* É engenheiro e reside em Dianópolis

 

       

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