NOÉLIA

DIANÓPOLIS

 

Cidade do ouro e das moças bonitas

Das serenatas em noites de luar

Da Serra Geral e dos geralistas

Dos índios Xerentes e Xacribás

Seu jeito me encanta

Quando vimos seus filhos

Apaixonados pra vir te ver

Eles não agüentam

Ficar muito tempo

Sem saber noticias

E longe de você

Cidade das Dianas

Dos jovens em festa

E das crianças a se alegrar

Você tem um clima

Que faz as vizinhas todas invejar

Tem diversão para os jovens

E pros  velhos também

Tem Cachoeira e Lagoa Bonita

Lugares que ninguém tem

De manhã você é bela

À tarde é linda também

A noite nem se fala

É quando mais te queremos bem

Mais cuidado Dianópolis

Para não te machucar

Pois estás crescendo muito

É difícil de te controlar.

Há muitos forasteiros chegando

E não irão te amar

Como seus filhos te amam

Por isso só te desejamos

É a tranqüilidade e a paz

 

 

A FUNDAÇÃO DO DURO

 

Mineiro de Paracatu

João Nepomuceno aqui chegou

Em mil oitocentos e quarenta

E nos garimpos trabalhou

 

Sua mulher chamava Caetana

Os filhos Getúlio e Janjão

Que vieram com Nepomuceno

Na época da fundação

 

Tinha espírito bandeirante

Era mineiro de valor

Trabalhando com dois sócios

Esta cidade ele fundou

 

Manoel Nunes Viana

E Candido Lino de Souza

Eram os dois sócios

De João Nepomuceno de Sousa

 

João era o sócio capitalista

Manoel o administrador

Candido apurava o ouro

E trabalhavam com muito ardor

 

Convidou muitas famílias

Pra com ele trabalhar

Quando aqui só havia

Índios Xerentes e Xacribás

 

No “Duro” iam chagando

De toda parta imigrantes

A convite de Nepomuceno

Sendo os primeiros habitantes

 

Veio gente de Pernambuco

Minas Gerais e Piauí

Bahia e Rio Grande do Norte

E todos fixaram aqui

 

É por isso que dizemos

Com toda sinceridade

Que João Nepomuceno

É o fundador desta cidade

 

ORIGEM DO NOME DIANA

Dno, 3/05/2000

 

Da capital da província

Do Estado de Goiás

Veio um Bispo em desobriga

E com ele um rapaz.

 

Este era sacristão

E fazia seus mandados

Ajudando no Santo Ofício

Casamentos e batizados.

 

O seu nome era Custódio

E ao sul não retornou

Ficando por aqui

Trabalhando como feitor.

 

Trabalhava sem descanso

Como homem de visão

Nas fazendas de Serafim

Onde assumiu a direção.

 

Uma dessas fazendas

Era chamada de Taipas

Que ficou para Serafim

Por morte do Padre Chagas.

 

Nas fazendas de Serfim

Passou a administrador

Onde mostrava seus dons

De homem trabalhador.

 

 

Adquirindo a confiança

Por sua competência enfim

Custódio tornou-se genro

Do proprietário Serafim.

 

Custódio casou com Ana

E foi morar no Pindobal

Que era grande fazenda

Também da família Leal.

 

Foram nascendo os Custódios

E as Custodianas também

Anas Custódias e Diana

É daí que o nome vem.

 

O nome veio do tronco

Do casal Custódio e Ana

E para simplificar

Chamaram apenas Diana.

 

Diana do Duro

De Aurélio e de Antonim

Diana de Dianópolis

De Afonso e de Coquelin

 

Diana de Luiz e de Miro

De Ildemar e de Candinho

De Ailton e de Alemiro

De Zé Leal e de Coquelin

 

Eu quero também explicar

Nesses versos que aqui tem

Que o nome de Dianópolis

Vem de Diana também.


 

À MINHA PRIMEIRA PROFESSORA

 

À querida tia Diana

Hoje quero recordar

Que nos tempos de criança

Você ficava a me ensinar

 

Ensinava o ABC

E também o Bê a Ba

No Ginásio João d’Abreu

Onde íamos estudar

 

Estudava Boas Maneiras

Aritmética e tabuada

Conhecimentos Gerais e Religião

Higiene e Gramática

 

A palmatória era o castigo

Dos que não queriam estudar

Pois no dia da sabatina

Ela começava a funcionar

 

Foi no Jardim da Infância

Que aprendi a marchar

No tempo de tia Diana

As músicas cívicas a cantar

 

Tia Diana era durona

E tinha toda autoridade

Puxava nossas orelhas

Punindo com severidade

 

Tia Diana era professora

Competente e exemplar

Tratava bem a todos

Mais gostava de mandar

 

Mandava dar recados

Ou alguma coisa fazer

Pedindo com diplomacia

Sem podermos responder

 

Era muito caridosa

E sempre ajudava aos pobres

Tratando a todos com respeito

Dos humildes aos mais nobres

 

Quando Jesus a chamou

Aos 93 anos de idade

Ela havia cumprido sua missão

De mãe, esposa e professora de verdade

 

Ofereço este poema

De todo coração

A querida professora Diana

Que me ensinou a primeira lição

 

 

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