HAGAHÚS
Aos 22 anos de idade, Hagahús Araújo foi o mais novo diretor, no país,
de obras do então Serviço de Assistência a Menores (SAM), hoje Funabem, órgão
do Ministério da Justiça. “No antigo SAM e em outras instituições por onde
andei, aprendi como não cuidar de
menores, recebendo instruções superiores de quem raramente entendia do
assunto”, diz Hagahús. “Ontem, como hoje,
eram instituições que tinham o nome de educandários, mas não educavam.
Ensinavam a exigir direitos e esqueciam-se
de que o direito é a conseqüência
do dever cumprido, e de que educar é preparar para a vida, é ensinar o aluno a
fazer parte de uma coletividade onde o trabalho é obrigação de todos. Enfim, Educar
é Ensinar a Viver”.
Com
25 anos de idade, no então sertão de Goiás, Hagahús Araújo funda aquela que
foi - e continua sendo - uma das melhores obras sociais do país, o Instituto
de Menores, em Dianópolis, terra natal da sua mãe, Amélia Póvoa. Era o ano de
1953. A pobreza e a miséria do antigo nordeste goiano tocaram na alma do jovem
que já se via em condições de ajudar aquela região a melhorar quadro tão
desolador, através da educação. Nascido em Patos de Minas (MG) em 31 de
agosto de 1928, Hagahús já havia se destacado no trabalho junto a menores.
Apenas com formação ginasial no Colégio/Internato dos Padres Sacramentinos de
Nossa Senhora, em Patos, tornara-se um autodidata e leitor voraz e compulsivo,
dono de vastos conhecimentos para sua pouca idade. Discutia qualquer assunto com
bons argumentos, serenidade e confiança, conquistando o interlocutor e a
comunidade em que vivia com a solidariedade e humildade na assistência aos
necessitados, e com fidalguia,
destemor e o dom da liderança que já moldavam a sua personalidade, características
que lhe foram sempre marcantes. Ou uma forte herança genética: o seu bisavô paterno, Andrelino Pereira da Silva, o
barão do Pajeú, de Vila Bela (PE), hoje Serra Talhada- de família
portuguesa e feito nobre por ato de Dom Pedro II -foi “um dos mais influentes e poderosos
políticos pernambucanos do início do século” (jornal O
Globo,
2/9/1971, em reportagem de Maura Eustáquia de Oliveira). O velho Aristocrata
acolhia todos – políticos, sertanejos e músicos – nos salões de sua residência
que contavam com cômodas gigantes “onde eram conservadas, permanentemente
limpas, 300 redes de dormir, 300 cordas de couro para armá-las, 300
travesseiros e 300 lençóis recendendo a capim cheiroso.” na descrição do
escritor Nertan Macedo. Hagahús é filho de Luiz Pereira da Silva, o “Luiz
Padre”, o neto do barão. Este,
com apenas 16 anos e filho único, foi instado pela mãe a vingar a morte do
pai, o coronel Manoel Pereira da Silva Jacobina, o “Padre” Pereira, um
ex-seminarista (daí o apelido) filho do barão do Pajeú e morto em emboscada
pelo clã adversário. Para atender à determinação materna, Luiz se uniu ao
seu primo Sebastião Pereira, o
legendário “Sinhô Pereira”, ainda mais moço, e a outros familiares. Sinhô
Pereira também era primo de Agamenon Magalhães, depois governador de
Pernambuco. Suas avós eram irmãs.
Padre
Pereira, avô de Hagahús, era um homem pacífico e caridoso que havia assumido
a liderança da família na região, após a morte do pai barão. Vivia para
fazer o bem no sertão do Pajeú, principalmente entre os mais humildes, que o tinham como padrinho de pelo menos um
dos seus filhos. Esta era uma forma de demonstrar gratidão a quem se dedicava,
diuturnamente, a servir ao próximo e a todos que o procuravam. A exemplo do
pai, tinha a casa sempre cheia de amigos e gente do povo, e com comida farta.
Foi o escolhido para morrer justamente por sua bondade, por sua liderança e por
não ter adversários, o que provocaria a ira da sua poderosa família, como
frisam os historiadores.
O
assassinato do Padre Pereira - de maneira covarde e brutal- gerou uma das mais
cantadas, sangrentas e históricas lutas de família nos sertões nordestinos do
início do Século XX, Pereira X Carvalho. Nesses combates, que duraram mais de
uma década, Luiz Padre e Sinhô Pereira tiveram Lampião sob os seus comandos,
antes deste se tornar o temível cangaceiro e reinar absoluto pelos sertões, após
1923.
Rumos
Preocupado
com os rumos que essas lutas de família tomavam, o Padre Cícero Romão, do
Ceará, aconselhou Luiz Padre a abandonar o Nordeste. Em 1920, Luiz Padre – já
com o nome de José Andrelino ou Zeca Piauí – chega ao sertão de Goiás,
mais precisamente em
São José do Duro, (hoje Dianópolis), onde se casa com Amélia Póvoa, esta
com 13 anos de idade. O primo de Zeca, Sinhô Pereira (os pais eram irmãos),
teve de retornar a Pernambuco. Só mais tarde, eles voltam a se encontrar em São
José do Duro, região também conturbada por lutas locais. Com eles vieram
remanescentes do grupo e o major José Inácio, líder político da cidade do
Barro (CE). O assassinato do major, de forma vil, gerou cruento conflito com a facção do líder político da região, o ex-deputado Abílio Wolney .
Mais
uma vez, os dois filhos ilustres do sertão do Pajeú decidem recomeçar uma
nova vida em outras terras, em Patos de Minas, sob as graças do coronel Farnesi
Dias Maciel, irmão do presidente Estadual, Olegário Maciel, de quem se tornam
amigos.
Zeca
(Luiz Padre) e Chico (Sinhô Pereira) passaram a adotar os nomes de José Araújo
e Silva e Francisco Araújo e Silva. Jamais se deixaram fotografar com armas.
Vestiam-se de maneira sóbria, não bebiam, não fumavam, não tinham vícios, e
o passado de lutas era um tabu na família que vivia apenas para o trabalho, no
interior de Minas. Os próprios filhos só tiveram conhecimento dos antecedentes de luta dos
seus genitores quando rapazes.
Em
1950/1951, Zeca e Chico
declinaram do convite do governador de Pernambuco, Agamenon Magalhães,
para retornarem à terra natal. A família, de alguma forma, voltava ao
Poder, com a eleição do ilustre parente para o governo do Estado.
Idealismo
Despido
do sentimento do medo, até por herança genética, Hagahús enfrentou lutas
diferentes dos seus ancestrais. E movido apenas pelo idealismo.
No
auge da Guerra Fria e da campanha anticomunista, desencadeada nos Estados Unidos
pelo senador norte americano Joseph Raymond MacCarthy (1909-1957), era um
desafio educar crianças pobres no sertão do país. O governo estadual
negava-se a dar qualquer ajuda, “como se assistência social fosse privilégio
de comunista”, lembra Hagahús, que nunca foi militante da esquerda. As
informações que chegavam às autoridades eram de que o jovem educador estaria
treinando crianças para a “guerrilha”. As portas fechavam-se. Mas o povo de
Dianópolis e da região dava um crédito de confiança àquele rapaz destemido
e empreendedor, a eles ligado por fortes laços de família.
Alguns
setores das Forças Armadas, apesar do viés anticomunista, mostraram-se sensíveis
à luta de Hagahús. Começaram a atender a seus apelos pessoais, feitos quando
ele se dirigia à capital, no Rio, e quando encaminhava aos órgãos públicos
inúmeros ofícios que tão bem redigia. Em 1954, os então ministros do Exército
e da Aeronáutica (generais Ciro do Espírito Santo Cardoso- tio do
ex-presidente Fernando Henrique- e Nero Moura, respectivamente) doaram ao
Instituto mochilas, panelas , roupas, cantis,
bonés , uniformes usados e utensílios fora de uso (do depósito de “inservíveis”),
mas de grande serventia naquele sertão. Tempos depois, com a deposição do
governador Mauro Borges, em 1964, e com o Estado sob a intervenção do coronel
Meira Matos, denúncias anônimas levaram as Forças Armadas a deslocarem-se
para Dianópolis à procura de “material subversivo” no Instituto. Os
militares deram ordem de prisão a Hagahús, que se identificou após chegar ao
aeroporto para receber e oferecer transporte “aos ilustres visitantes” que,
na chegada, tinham demonstrado seu poderio com vôos rasantes sobre a cidade,
metralhando uma casa em ruínas de um velho matadouro nas proximidades da pista
de pouso.
Ao chegarem ao Instituto com o fundador desta obra social sob escolta e
na mira de metralhadoras, os militares foram cercados pelos servidores e mais de
100 crianças que, assustados e curiosos, deixaram às pressas os serviços nas
roças, na escola e nas oficinas de trabalho. A maioria das crianças tinha
idade entre 7 e 12 anos.
Os
visitantes ficaram decepcionados e, ao mesmo tempo, sensibilizados ao
constatarem que o “material subversivo” - como as velhas fardas, mochilas e
cantis privativos das Forças Armadas e descartados por estas - ali tinha se
transformado em camisas, calças e calções que vestiam meninos pobres que os
observava com dignidade. O mais constrangedor: o “uniforme de guerrilha”
fora doado por militares de alta patente.
Desapontados,
os então sisudos comandantes da frustrada expedição deixaram o Instituto
convencidos de que, se ali existia alguma célula comunista, que outras
surgissem para “incendiar” todo o país.
Fundação
“Muitas
pessoas, na ata da fundação para formar o patrimônio inicial do Instituto,
fizeram doações”, diz Hagahús. “No fim, estas foram dispensadas, já que
havíamos adotado o princípio de que aquela obra não poderia depender da
caridade do povo, visto que, em uma comunidade pequena e pobre, seria um golpe
no moral dos nossos garotos saber que iriam depender da caridade alheia”,
acrescentou ele em carta ao amigo e ilustre filho de Dianópolis, João
Rodrigues Leal. Este, como honrado funcionário da Câmara dos Deputados, e
advogado, muito ajudou Hagahús na manutenção daquelas centenas de crianças
carentes, convencendo deputados da região e de outros Estados a destinarem
recursos do Orçamento da União para a obra instalada nos sertões de Goiás e
que chegou a ser referência nacional, no setor.
O
Instituto de Menores de Dianópolis, abrigando crianças carentes, inclusive
deficientes físicos, adolescentes e jovens de famílias pobres de toda a região,
teve no trabalho dos seus internos – acompanhados por profissionais simples e
competentes- o suporte para sua manutenção e construção de suas obras.
“Nossas
crianças e jovens foram preparados para viver
dependendo do produto do seu esforço e educados para que fossem os melhores,
porque não tinham pais endinheirados ou em posições de destaque para encaminhá-los
na vida”, diz Hagahús. “Iriam contar tão somente com o seu esforço
e competência”.
Enquanto
muitos internatos de menores, no Brasil inteiro, são apontados como formadores
de marginais, o Instituto de Dianópolis não protagonizou um só escândalo
administrativo ou disciplinar em meio século de funcionamento. E ser aluno ou
ex-aluno é um título apresentado com orgulho.
Com
humildade, Hagahús sempre enfatiza que o Instituto de Menores não foi uma
realização de uma só pessoa . “Foi o resultado de um trabalho coletivo
irrigado com muito suor e dedicação por todos que ali trabalhavam. Inclusive
dos próprios meninos que ajudaram a construí-lo e valorizaram aquilo que lhes
pertencia e lhes pertence”, observa.
Pioneirismo
E
Hagahús enfrentava todo tipo de desafio: de certa feita, para não esperar por
muitos dias a volta do único caminhão que fazia as linhas Barreiras – Dianópolis e Barreiras–Taguatinga, veio a pé,
da Cabeceira de Pedra (perto de Taguatinga) para a sua cidade, percorrendo cerca
de 130 km. Carregava
nas costas, em embalagem hospitalar, os primeiros medicamentos da campanha
contra a malária, para serem distribuídos gratuitamente a uma população que
estava sendo atingida, de forma cruel, pela
doença. Tinha menos de 20 anos de idade.
No
início da década de 50, foi ao
Rio de Janeiro em busca de vacina
contra a paralisia infantil, quando um surto da doença havia matado várias
crianças em sua cidade. Conseguiu a vacina antes desta ser distribuída a
qualquer outro município do interior do país. E arranjou
um avião da FAB para o
transporte do medicamento até Dianópolis.
Era
sempre o primeiro a chegar para socorrer carros e caminhões
que quebravam ou atolavam
pelas estradas precárias
do antigo nordeste goiano. Colaborou para que o primeiro hospital da sua
cidade, o São Vicente, fosse uma realidade; fez parte da primeira Diretoria da
Cooperativa local, ajudou a organizar as primeiras creches e abrigo de velhos da
cidade; trouxe o primeiro trator, o primeiro telefone e os primeiros médicos do
município de Dianópolis, entre outros atos de pioneirismo e abnegação.
Muito
lutou por medidas concretas de combate à corrupção, ao desvio de dinheiro e
à malversação dos recursos públicos. “Para nossa vergonha, o roubo da
coisa pública já é a forma mais segura de enriquecimento rápido e até prova
de inteligência”, enfatizou em um dos seus inúmeros pronunciamentos sobre o
assunto, quando deputado. “O trabalho deixou de ser uma fonte geradora de
riquezas para se transformar em uma aventura de resultados duvidosos. Hoje, calo
nas mãos são sinais de pobreza. Calos que enriquecem são aqueles produzidos
na consciência”.
Foi
Hagahús também, em toda a sua longa vida pública, um combativo defensor dos
agricultores e produtores rurais, das aposentadorias rurais, dos menores
carentes, do direito à educação e à alimentação. Através de uma ação
parlamentar eficiente, muito conseguiu para reduzir o fosso social que separava
o Goiás desenvolvido da sua parte mais pobre,
carreando recursos para o que viria a ser hoje o promissor estado do
Tocantins.
Hábil
articulador político, principalmente nos bastidores, Hagahús se uniu aos seus
correligionários e amigos, então no PMDB de Goiás – deputados Brito Miranda
e José Freire – para, com um trabalho dedicado,
vencer resistências contra a divisão do Estado. Foram, os três, também
secretários de Estado do governador Íris Rezende, um amigo acima de interesses
político-partidários.
Tocantins
Na
primeira eleição para o governo do novo estado, na chapa do PMDB encabeçada
por José Freire para governador, Hagahús
teve a sua candidatura lançada ao Senado. Naquela eleição, chegou a receber o
apoio carinhoso e desprendido do filho do seu
amigo Milton, o tricampeão
de Fórmula l Ayrton Senna, que, na
infância, freqüentava a fazenda
do pai, próxima à cidade de Dianópolis. Porém, já na sua primeira eleição
para o governo do Tocantins, o governador Siqueira Campos fez também os três
senadores.
Como deputado federal, Hagahús foi
um dos parlamentares do Tocantins que mais
garantiu recursos do Orçamento da União para o novo estado,
principalmente para Centros de
Assistência à Crianças, construção de escolas, obras de infra-estrutura no
aeroporto de Palmas, Hospital Geral, reforma
de unidades de saúde, abastecimento
de água etc.
Em
1993, foi o recordista na apresentação e aprovação de emendas ao Orçamento
que beneficiaram o Tocantins, totalizando o maior volume de recursos destinados
ao estado.
Na
sua luta por mudanças na política de trato do menor, foi um dos poucos
deputados, à época, a levantar
a voz contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), comemorado como uma
das maiores conquistas do país.
Para o deputado tocantinense, o ECA era “uma aberração” que levaria
milhares de menores a serem utilizados pelo crime, “pois a lei que os cobre de
direitos até os 18 anos irá metê-los na cadeia quando, adultos, repetirem os mesmos delitos que se habituaram a praticar na adolescência
e ficarem impunes”. Triste profecia do grande educador do Tocantins que, só
agora, começa a ser reconhecida por lideranças de peso na cena política, como
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmim.
Como
produtor rural, Hagahús sempre condenou as invasões de terra, embora
defendesse uma reforma agrária responsável. Em 1991, apresentou o Projeto de
Lei nº 1.917 proibindo “assentar, alienar e ceder a invasores, a qualquer título,
imóveis rurais e urbanos”. Após anos de discussão, a sua proposta foi
arquivada, mas acabou sendo encampada e adotada, “apenas com um palavreado difícil”
- como lembra o autor - pelo
governo Fernando Henrique Cardoso com a edição da Medida Provisória nº
2.027-46, de 21 de dezembro de 2000. Em um dos seus artigos, esta MP proíbe o
Estado de utilizar, para fins de reforma agrária, terra invadida, “imóvel
rural objeto de esbulho possessório ou invasão motivada por conflito agrário
ou fundiário de caráter coletivo....”.
Com
o término do seu mandato de deputado federal, Hagahús não escondia o
desapontamento com a política, com a impunidade, com os privilégios, com os
negócios escusos envolvendo dinheiro da nação e com o roubo da coisa pública
que continuavam – e continuam – ocorrendo no país. Passou anos cobrando uma ação conjunta dos três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário) para combater a malversação do dinheiro
público, sob pena de todos se desmoralizarem. “Há três Poderes e nenhum é
modelo de perfeição. São independentes. Têm em comum a ineficiência, a
corrupção e o tesouro para mantê-los”, dizia.
Após
anos em cargos públicos, recebe hoje (agosto de 2003) uma única aposentadoria:
de R$ 629,00, pelo INSS (menos de três salários
mínimos), o resultado das contribuições
feitas ao longo da vida sobre oito (8) salários mínimos. Mas
tem orgulho de, como deputado estadual por Goiás, ter trabalhado
para acabar com a aposentadoria dos deputados goianos.
A
política levou também quase todo o seu patrimônio, mas não a sua esperança
de ver, um dia, um país melhor.
Registro
Muito
poderia se falar sobre a trajetória do Homem, do Educador, do Cidadão e Político
Hagahús Araújo. Mas esta publicação é apenas um registro jornalístico
de alguns depoimentos, anotações e
descrições feitas pelo próprio
biografado/autor, contendo fatos, pronunciamentos, documentos e realizações
que vêm marcando a sua vida, e o
testemunho de pessoas que estiveram próximas
a ele.
Sob
a responsabilidade da sua filha, a jornalista Iara Araújo Alencar Aires (que,
em pouco mais de três meses, se debruçou sobre pesquisa, organização de
material e texto final) - esta obra não tem a pretensão ou veleidade de dar a
última palavra sobre qualquer assunto. Até porque existe a observação de que
um livro de memórias e depoimentos é apenas um testemunho e, como tal, uma das
muitas visões possíveis da realidade que atiça
curiosidades.
Sabemos
que desde a mais alta Antigüidade clássica, principalmente desde Sócrates,
Platão e Aristóteles, os assuntos políticos e as realizações dos homens e
mulheres impressionam o gênero humano, sequioso de conhecê-los e investigá-los.
Os
interessados em mais informações ou
em aprofundar questões aqui tratadas poderão procurar os livros do respeitado
pesquisador e escritor tocantinense, Osvaldo Póvoa; de Nertan Macedo, Sinhô Pereira, o Comandante de Lampião;
o livro O Tronco,
de Bernardo Élis; o diário
e relatos de Abílio Wolney condensados por
seus netos Abílio e Voltaire; as
detalhadas anotações da história política de Dianópolis feitas por Noélia
Costa Araújo e a rica biblioteca e arquivos da Câmara dos Deputados.
Esta
é apenas uma contribuição ao resgate da memória do nosso jovem estado, com
vistas a fomentar e incentivar o surgimento de novas personalidades que haverão
de contribuir para a consolidação do progresso e do desenvolvimento de um
Tocantins mais justo e fraterno.