João Terra Holmis


 

                                        João Terra Holmis era muito amigo de Eliseu Cavalcante, do Mestre Almeida e de Abílio Wolney. Nasceu por volta de 1910. Não se sabe sua origem nem seu nome de batismo, pois dizia ele que Terra era de onde ele vinha e para onde ele ia e Holmis um nome que ele gostava. Casou-se com Maria Vieira Terra o casal não teve filhos. Certa oportunidade roubou uma moça da sociedade dianopolina com quem teve um filho por nome Armênio (falecido). Morreu matado de traição no garimpo do Santo Elias, onde encenava uma peça teatral. Acertado por um fuzil 45. Morreu tocando ao violão e cantando a música Ramona. Em seu testamento não se vê nada de valor. O  mais importante é um copo graal. Foi escrivão, dentista prático, teatrólogo, músico (violão e acordeão), advogado e uma infinidade de coisa. Quando escrivão fornecia as certidões de nascimento sem fazer o registro nos devidos livros. Muita gente ficou sem registro devido a este fato. Manoel Aires Cavalcante Filho (Zito) e Benedito Póvoa Aires (Ditim) foram casos reais precisaram ser registrados novamente. Gostava de andar montado e muito bem vestido (de terno) usava óculos sem lente tinha somente a armação. Um galanteador de primeira. Era protegido de Abílio Wolney. Leia abaixo seu atestado de óbito publicado em 1972 no Jornal Terra Boa:

 

"Aos dezenove dias do mês de julho do ano de 1941, nessa cidade de Dianópolis, termo da comarca de Arraias deste Estado de Goiás, em meu cartório compareceu o sr. Honório Barbosa, em presença das testemunhas abaixo assinadas declarou que às 9:00 horas da noite de ontem no lugar, digo, no garimpo Santo Elias neste município faleceu seu irmão João Terra Holmis, depois de 5 minutos de moléstia, com 35 anos de idade, brasileiro, casado eclesiasticamente, garimpeiro, natural de Santa Rita do Rio Preto-BA, domiciliado e residente nesta cidade, era eleitor, filho natural de Etelvino Caldeira, residente e natural do Estado da Bahia e lá residente, morreu sem assistência médica não deixou testamento. Deixou viúva dona Maria Vieira Holmis, não deixou filhos nem bens a inventariar. Causa da morte: matado, sendo sepultado no dia seguinte no cemitério publico desta cidade. Foram estas as declarações proferidas pelo declarante em presença das testemunhas –Afonso Carvalho da Cunha e Benedito Póvoa Aires, ambos brasileiros, casados, natural do estado da Bahia e residente nesta cidade, de que para constar lavrei este termo que vai assinado pelo declarante e as testemunhas. Diva Póvoa Aires, oficial do registro civil escrevi. Honório Barbosa, Afonso Carvalho e Benedito Póvoa Aires".

Foto de Mestre Almeida (amigo de João Terra Holmis)

 

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