SAUDADE DE CAZUZA
Dorgival Araujo de Sousa
15/11//2006
Andava na rua com seus ferrinhos,
Ouro de estimação.
Pés no chão, sujo, rasgado, maltratado.
Casto de coração.
Semblante sereno barba por fazer olhar perdido
Pés no chão.
Corpo ereto de manequim, alto, manso no falar,
Bonito de coração.
Passos largos, léguas andadas, rumo desconhecido!
Solidão.
Cazuza menino, corpo de homem, louco sem dono!
Soldado humano.
Fazenda abadia, ali escondia seus encantos seus segredos!
Mistério.
A cidade chorou, lamentou, seu corpo carregou,
E o amou.