SONETO
J. Alencar Aires17/07/2006
(Ao meu avô Coquelin Leal Costa)
Ele morreu. Uma luz docemente
Arderá dia e noite em permanência
E germinará sempre outra semente
Que florescerá doída à tua ausência
O dorso, o tempo, o braço, a mão, a mente,
A alma, a rima, a poesia, a essência
Vou carregar comigo – eu sei somente –
Compreender o amor de tua existência!
Foste um pomar, estrela e Universo
O norte, e o silencio dos carneiros
E ninguém jamais comporá um verso
Com a dose fatal, justa dos morteiros
Pra traduzir meu coração imerso
No silêncio de todos os canteiros.