GONDOLEIRO DO AMOR
Tom: Re Maior
Autores: Castro Alves e Fábregas
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Teus olhos são negros, negros como as noites sem luar
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São ardentes são profundos como o negrume do mar.
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Sobre o barco dos amores da vida boiando a flor
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Doiram teus olhos a fronte do gondoleiro do amor
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Tua voz é a cavatina dos palácios de Sorrento
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Quando a praia beija a vaga quando a vaga beija o vento
G B7 Em D
E como em noites de Itália ama um canto um pescador
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Bebe a harmonia em teus cantos o gondoleiro do amor
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Teu seio é a vaga dourada ao tíbio clarão da lua
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Que ao murmúrio das volúpias arqueja palpita nua.
G b7 Em A7 D
Como é doce em pensamento do teu colo no langor
G E7 A7 D A7 D
Vagar, naufragar, perder-se o gondoleiro do amor