Casa Branca
Sebastião Guimarães Passos / Miguel Emidio Pestana
Na Casa branca da serra
Onde eu passava horas inteiras
Entre as esbeltas palmeiras
Ficastes calma e feliz
Ai teu peito me deste
Quando pisei tua terra
Ai de mim te esqueceste
Quando deixei teu país.
Nunca te visse formosa
Nunca contigo eu falasse
Antes nunca te encontrasse
Na minha vida enganosa
Por que não se abriu a terra
Por que os céus não me puniram
Quando os meus olhos te viram
Na casa branca da serra.
Olhaste-me um só momento
E desde este triste instante
Tu me ficaste gravada
Na vista e no pensamento
E mesmo se não te via
Eu passava horas inteiras
Vendo-te a sombra irradia
Entre as esbeltas palmeiras.
Embora tudo bendigo
Desta ditosa lembrança
De unir-me um dia contigo
Bendigo a casa da serra
Bendigo aquelas palmeiras
Queridas da tua terra.